Que achas?

"diz-me o que achas, depois" disse-me ela...
a mesma que me informou que pertenço à classe média alta por usar calças de ganga e ter internet...
a mesma com quem me queixo do tempo, das tarefas, do dinheiro que é pouco para gastar em CD's, DVD's e noitadas de copos no Bairro Alto

Pois digo-te que acho que a guerra mudou demasiado a nossa história, que há uma dimensão que nehum de nós poderá compreender, nem a nossa geração, e muito menos a geração dos nossos filhos.
Acho que é pouco apenas ouvir na escola "havia o regime e depois deu-se o 25 de Abril".
Acho que ainda se tem medo desse bicho sem nome e por isso apenas se sussurra, murmura entre dentes: "fui à tropa"... e nós, com os nosso preconceitos, imaginamos, na pior das hipóteses, Tancos, ao lado de um idílico castelo erguido no meio do rio.
Ou talvez apenas se tenha pudor e não se fale do assunto.
Acho que o meu pai, o teu pai, o pai de toda a gente teria muito mais para nos ensinar, e nós para ouvir, aprender e passar "a outro e não ao mesmo"...

Como diria o meu pai... "um país que nasce da birra de um filho (contra sua mãe, entenda-se) dificilmente se endireita!"

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