Hoje é dia dos avós...
Hoje é dia dos avós...
Da minha avó paterna carrego o nome. Nunca percebi se foi mesmo de propósito ou se assim aconteceu, porque afinal a minha mãe também tem o mesmo nome.
Da minha avó materna tudo o resto:
A minha avó era uma mulher doce e delicada.
Poucas vezes se zangava... quando faziamos asneira ela ficava triste, apenas triste.
Sabia ler e escrever, o que era raro na geração dela... Lia o jornal todos os dias e era sempre a primeira lá de casa a saber de todas as cuscuvilheces lá do sitio, no entanto nunca comentava. Era boa a guardar segredos.
Era paciente, tinha paciencia para as crianças da familia, sabia respeitar o nosso espaço e deixar-nos cair para aprendermos, mas estava sempre por perto para ter certeza que tudo corria bem. No fim, não oferecia colo, secava as lágrimas e punha-nos outra vez de pé.
Não gostava de beijos, não gostava que fizessem as coisas por ela (...)
Tinha prazer em cuidar de nós, em fazer-nos o almoço, arrumar-nos a casa e fazer-nos chá e bolos. Às vezes fazia pão.
Tratava dos animais e das plantas no quintal. Nunca se queixava, só a vi chorar uma vez.
Orgulhava-se dos filhos e dos netos e zelava para que não houvesse zangas no seio da familia.
Cuidou religiosamente do meu avô até ao dia que ele morreu (...)
Dizem que depois do funeral foi para o estrangeiro durante muito tempo, mais de 6 meses...
A verdade é que não me lembro de um único dia em que a minha avó não estivesse presente, não me lembro de chegar a casa e não a ver sentada a bordar (...).
Da minha avó paterna carrego o nome. Nunca percebi se foi mesmo de propósito ou se assim aconteceu, porque afinal a minha mãe também tem o mesmo nome.
Da minha avó materna tudo o resto:
A minha avó era uma mulher doce e delicada.
Poucas vezes se zangava... quando faziamos asneira ela ficava triste, apenas triste.
Sabia ler e escrever, o que era raro na geração dela... Lia o jornal todos os dias e era sempre a primeira lá de casa a saber de todas as cuscuvilheces lá do sitio, no entanto nunca comentava. Era boa a guardar segredos.
Era paciente, tinha paciencia para as crianças da familia, sabia respeitar o nosso espaço e deixar-nos cair para aprendermos, mas estava sempre por perto para ter certeza que tudo corria bem. No fim, não oferecia colo, secava as lágrimas e punha-nos outra vez de pé.
Não gostava de beijos, não gostava que fizessem as coisas por ela (...)
Tinha prazer em cuidar de nós, em fazer-nos o almoço, arrumar-nos a casa e fazer-nos chá e bolos. Às vezes fazia pão.
Tratava dos animais e das plantas no quintal. Nunca se queixava, só a vi chorar uma vez.
Orgulhava-se dos filhos e dos netos e zelava para que não houvesse zangas no seio da familia.
Cuidou religiosamente do meu avô até ao dia que ele morreu (...)
Dizem que depois do funeral foi para o estrangeiro durante muito tempo, mais de 6 meses...
A verdade é que não me lembro de um único dia em que a minha avó não estivesse presente, não me lembro de chegar a casa e não a ver sentada a bordar (...).
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