Tinder... Haveria tanto para dizer sobre o tinder...

Nos últimos tempos parece que o tinder domina o tema de conversa, seja à mesa de jantar com os amigos do costume, seja no café... tinder e o online dating.

Ter 40, ser mãe sozinha, não ter rede familiar de suporte próxima (graças a Deus pelos amigos que fazem babysitting e que são um apoio fantástico), ter vida própria além do horário escolar não é fácil. O recurso a aplicações que te permitem "conhecer" potenciais namorados acaba por ser uma alternativa apelativa: enquanto fazes a sopa, lavas a loiça, dás banho, limpas o ranho e vestes o pijama, consegues passar uns quantos perfis e ir trocando umas linhas de conversa.

Não tenho problemas em admitir que usei o Tinder (e outros) durante bastante tempo. Da mesma forma que não tenho problemas de admitir que voltaria a usar.

Neste momento não tenho o Tinder instalado, nem as outras novas aplicações de que me falaram.

Não porque tenha desistido de encontrar alguém, mas por acreditar que o Tinder, e as relações online acabam por ser bastante perversas.
A rapidez com que tudo acontece, a falsa sensação de intimidade, de proximidade, de participação na vida um do outro... e no fim, afinal, não era nada disto.

Como dizia um amigo (que por acaso não conheci no Tinder), nestas coisas acaba por ser muito mais um "projetares no outro" aquilo que querias que ele fosse, do que na realidade aquilo que ele é.

Digo muitas vezes que desisti, que não quero mais tentar, que a minha vida daqui para a frente serei eu e os meus dois amores (a L e o J). Digo isto por morrer de medo de conhecer alguém, arriscar e falhar mais uma vez. Estou tão cansada de não acertar...

Mas muito secretamente alimento a esperança de encontrar o amor-da-minha-vida, e que desta vez seja ao mesmo tempo que ele me encontre a mim.

Até lá... admito que, num momento de fraqueza, possa voltar a um tinder, um bumble ou outro...


PS - Acho que todos nós que estamos/estivemos no Tinder, estamos profundamente sós. Lembrem-se disso, sejam gentis.